Jornalista está sempre preocupado em atender à sociedade. Apura, analisa, noticia. Jornalista sério expõe e instiga o que merece ser compartilhado, se faz voz de quem precisa dizer e de quem tenta esconder o que deve ser dito. Neste momento, nós jornalistas, necessitamos inverter esta lógica para continuar primando pela voz da sociedade. É nossa vez de gritar e esperamos não chegar ao ponto de rouquidão.
Recentemente, nossa formação foi subestimada. Retrocesso e violência a favor de poucos em detrimento de muitos. Mais uma vez, passamos por um processo que visa o fortalecimento de um sistema que empobrece e arrisca nossa profissão. Permitir a redução do piso salarial não significa um simples ato ‘’comercial’’, significa a precarização de uma função cujo objetivo jamais deve ser ignorado: servir ao interesse público com qualidade.
Qualidade implica ética e ética implica respeito. Portanto, exigimos que respeitem não só a dedicação com que desempenhamos nosso trabalho, mas que respeitem uma categoria profissional. Somos trabalhadores e, se dispomos de direitos, queremos que os mesmos sejam garantidos.
Reduzir 40% do piso e permitir que o valor atual seja válido apenas na capital é menosprezar o trabalho e a população do interior. É reafirmar uma política de preocupação meramente financeira e pouco comprometida com a emancipação social, isto sem entrarmos em detalhes sobre o banco de horas e redução do valor de hora extra, outros abusos que comprovam o desdém e o retrocesso nas gestões dos veículos de comunicação.
Jornalismo responsável precisa de condições para ser exercido. Portanto, ouçam e engrossem nosso coro: não pisem no nosso piso, não pisem na nossa luta.
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