quarta-feira, 13 de abril de 2011

410 - Vila Nova

Quando me mudei para Londrina, em 2008, tinha muita expectativa dentro da minha mala, toda a animação de um lugar novo. Meu primeiro desafio foi descobrir aonde eu iria estudar.



Na hora da matrícula, um espanto. Não era no Piza, não era próximo ao shopping...Onde este campus estaria localizado? Tudo que eu sabia é que eu devia chegar a uma tal de Vila Nova, mais especificamente na rua Tietê.


Pela internet, fiz contato com uma colega que eu imaginava ser da minha turma, mas não era. Não fez mal, a Tati bem que tentou. “Ah, você pega a rua que passa ao lado do terminal central e desce, desce, desce...”


Mesmo me sentindo um peixe fora d’água, estufei o peito e no auge da minha “confiança geográfica”, fui: não é possível que eu vá me perder. Em meio ao aglomerado feroz do terminal central, eu procurava uma bendita plaquinha: 410!


Só depois da minha teimosia de procurar por todo o piso superior do terminal fui ao balcão de informações e perguntei onde ficava o ponto. “É lá embaixo, moça”.


Escadas descidas, finalmente a santa plaquinha. O ônibus andou, andou e nada. Já estava preocupada quando tive coragem e perguntei para uma moça muito solícita ao meu lado. “Moça, esse ônibus passa na Unopar?”. Para o meu alívio, eu já estava no Residencial Tietê e ia descer no ponto seguinte.


Agora, ir para a Vila Nova é “fichinha”, como diria minha mãe. Só confesso que nem sempre é simples exercer a cordialidade, ou melhor, a civilidade quando o motorista está apressado e de mau humor. Mas, como uma filosofia de Big Brother: faz parte.


Eu até aprendi uns esquemas. Se você estiver muito atrasado e não puder esperar o ônibus via Tietê, desça no segundo ponto da Avenida Araguaia, logo depois do Banco do Brasil. Ah, o 411 – Jardim Paraíso também passa pela Araguaia. Aí é só descer á esquina que você já sai na Tietê. Só aviso que se você também é de fora, esse caminho pode ser meio nostálgico. Para mim é.


Quando vou andando, costumo reparar as casas da Vila. Elas têm uma carinha de lar...Sinto falta de morar numa rua parecida com essas. Casinhas de madeira, criançada brincando, senhoras varrendo a calçada. Eita, saudade!


As coisas são assim. Há tempo para tudo. Tempo de ir embora, de estudar, trabalhar. O meu tempo é sempre de correr, principalmente para não perder o ônibus!

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